segunda-feira, 30 de maio de 2011

Putaria a parte, o sujeito é o Grêmio Estudantil;



É, eu assim como vocês, frequento aquele zoológico lugar chamado escola. Lugar onde a maioria dos “adultos” tem repugna. Onde vivem seres em formação, tanto estrutural quanto psicológica. Lugar em que gente como eu tem seus primeiros traumas mundanos. Lugar onde você define se é um grande babaca, ou um grande babaca sortudo.

Eis que surge a grande ideia da galera: fazer um grêmio. Okay, é ótimo ver que essa juventude ao menos cogita ter voz ativa na sociedade. Porém, as pessoas que o demonstram passam a serem poucas, digo, as realmente interessadas a fazer a diferença. Aí que começa a grande opressão aos fracos e desfavorecidos: primeiro, vai-se a chapa com a galera que se interessa, que tem ideias. Só que aí a ideia corre afora, e chega a ouvidos, digamos que presunçosos.

Claro, obvio, mais que na cara que os caras fãs de Valeska popozuda e Forró não vão perder a oportunidade de aparecer. E claro, estamos no Brasil e metade do seu colégio ou gosta disso ou de restart e afins. Então eles também fazem uma chapa, não exatamente com o intuito de querer fazer algo, porque mesmo ganhando eles sabem que tem o povo ~~nerd~~ pra se preocupar com isso. É mais pra arranjar desculpa pra vadiar entre as aulas mesmo, e claro, pra implantar no sistema de som do colégio, na hora do intervalo os theme songs caracteríscos de sua babaquice.

Inevitavelmente, o grupo que realmente se interessa vai fazer um trabalho de campanha complexo, vai tentar explicar aos orelhudos acéfalos que povoam o recinto o porquê deles terem todo esse trabalho. Enquanto os ditos populares vão chegar num grupo de amigos, que vai chegar a outro, que vai chegar a outro, e todos vão votar neles por pura amizade, por puro desinteresse na condição a qual se encontra.

Resultado: como sempre a lei de que o mais forte permanece se faz ativa. As ideias e atitudes de uma galera vão agua abaixo e como sempre, o que era pra ser uma “iniciação” a democracia, mostra o porquê de existir tanto corrupto no país.

Veja que desde sempre, já somos postos a prova de nosso caráter. E que, desde sempre, o brasileiro se diz convicto no que mostra frente à urna e no desenvolvimento de seu país. Fúria cdfiana a parte, Deixo aqui mais uma Nota de Insanidade Urbana.

2 comentários:

VilmarDoidão disse...

Triste ver que os humanos acreditam em evolução, quando não conseguem concretizar seu amadurecimento na base. Como aluno no passado, acadêmico no presente e professor no futuro, percebo que os indivíduos mudam, mas o sistema continua o mesmo. Logo uma falha causa por consequência em outras falhas, e aí vemos que em nossa contemporaneidade a imagem é a grande força ativa, não importando mais o conteúdo.
É lamentável, a mudança não ocorre, o sistema é das massas hipócritas. Quem realmente tenta pregar a "idea" é excluído, uma anomalia!

Guilherme Schnekenberg disse...

A lei da selva na verdade diz que quem sobrevive é o mais forte, e portanto cabe àqueles que querem fazer as coisas do jeito mais democrático e ético chamar as pessoas à luta. É um trabalho árduo, do qual você desiste se o seu pensamento for liberal, mas acho que como um ser humano é responsável pelo outro, temos este dever.
E sobre os que precisam de chamados fortes: esses aparecem durante as eleições querendo reclamar, mas na hora de fazer... esqueça! A crítica acaba junto com as eleições, e na maioria das vezes se baseia na revista Veja, um crime contra a sociedade. "Assim caminha a humanidade, com passos de formiga e sem vontade..."

Postar um comentário